Minas Gerais
08h30 01 Outubro 2019
Atualizada em 01/10/2019 às 08h33

Deboches em notícia sobre morte de sargento terminam com três presos em Minas

Por BHAZ

Três homens foram detidos por fazerem chacota sobre a morte de um policial militar, assassinado em João Monlevade, na região Central de Minas Gerais, no último sábado (28). O sargento Célio Ferreira de Souza foi morto com um tiro na cabeça enquanto a atendia uma ocorrência de ameaça de morte a um menor. Segundo a Polícia Militar, os suspeitos podem ter cometido crimes de vilipêndio de cadáver e apologia ao crime.

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Um deles foi preso em Caratinga, no Vale do Aço nessa segunda-feira (30). De acordo com a PM, o homem de 27 anos fez comentários ofensivos em uma postagem que noticiava a morte do sargento. “Tem que fazer isso mesmo. A maioria da PM fica perseguindo só trabalhador”. Ele foi criticado por outros internautas, mas prosseguiu. “É muito triste ver a polícia perseguindo trabalhador, enquanto os bandidos estão tranquilos. Quando vejo uns casos desses, fico feliz sim, pois é menos um que vai perseguir nós, trabalhadores”, declarou.

Ao ser abordado, ele disse que a conta na rede social havia sido hackeada, mas, logo depois, confessou que tinha feito o comentário e destacou que não tinha “obrigação de gostar de polícia”. O homem foi detido sob acusação de vilipêndio a cadáver, ato de destratar ou humilhar uma pessoa que já morreu.

Já em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, um jovem de 24 anos foi detido por um comentário irônico à respeito da morte do policial, também nessa segunda-feira: “CPF cancelado com sucesso”. Ele foi levado para a delegacia e assumiu a autoria da postagem. A ocorrência foi registrada como apologia ao crime.

Já no sábado (28), horas após o crime, um outro homem foi detido no meio do expediente, na loja em que trabalha, em João Monlevade. Segundo a PM, ele debochou da morte do policial, por meio de mensagens em um grupo de Whatsapp. “Menos um verme”. Depois de ser repreendido por um integrante do grupo, o jovem finalizou: “O dia está lindooooooo kkkkkkk”. Os militares rastrearam o aparelho celular dele e o abordaram no mesmo dia. Ele disse que, nas mensagens, se referia a um dos presos, suspeito de participação no assassinato do policial e não ao sargento.

Caso em BH

No dia 17 de setembro deste ano, um outro caso semelhante chamou a atenção em Belo Horizonte. Um professor de geografia da capital teria comemorado a morte de um cabo da PM, assassinado por homens que passaram atirando de cima de uma moto. Por um perfil nas redes sociais, ele teria parabenizado o “menino da moto”.

Policial militar foi assassinado em Ibirité; Professor foi detido por comentar ação (Reprodução/PMMG + Facebook)

Aos policiais, o homem de 27 anos disse que estava tomando remédios de forte efeito e afirmou que estava sonolento na hora da postagem. Ele foi presos suspeito de “apologia ao crime”.

 

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